O tema do post de hoje é bem angustiante, difícil de escrever, mas ao mesmo tempo importante de ser compartilhado. Tudo na nossa vida é aprendizado, mas quando certas coisas acontecem quando somos jovens demais e imaturos para entender o que se passa fica difícil compreender e aceitar que determinadas situações da nossa vida ocorrem para o nosso "bem".
Quando somos crianças, nosso perfil de adulto é literalmente moldado. A partir do momento que estamos descobrindo o mundo, nos desenvolvendo, lidando com as pessoas, a cada dia estamos aprendendo mais e certas coisa nunca esqueceremos, seja por bons ou maus motivos, ou por lembranças boas ou ruins. Como o tema do post é meus traumas de infância, citarei alguns que me marcaram até hoje.
Meus pais não se amavam
Eu lembro de ficar reparando nos meus pais e não achá-los um casal, mas pessoas que conviviam juntas. Eu era muito nova, tinha cinco, seis anos e já notava isso, o que me deixava bastante angustiada. Eu pensava que entre eles deveria existir amor, companhia, afeto e eu não presenciava nada disso, e isso me incomodava. Fazia brincadeiras para unir os dois, até tirava onda com o fato pra poder brincar um pouco e ver se eles se entendiam, mas nada.
Quando criança presenciei poucas brigas entre eles e isso me deixou bem nervosa. Lembro do meu pai destruindo um telefone, jogando-o em direção a minha mãe. Como eu e meus irmãos éramos crianças essa fase foi "respeitada" e as brigas não foram constantes, mas na minha adolescência os momentos de desentendimentos se tornaram mais graves.
As professoras me tratavam diferente na escola
Eu já era uma criança traumatizada e tinha dificuldades em conviver com as pessoas. Ir à escola me dava medo, por n motivos. Um deles era que as professoras me tratavam diferente. Lembro de uma vez pintar um desenho ao meu gosto, como todas as crianças fazem, e a professora comentar "olha a cor que Juliana tá pintando o bico do pato, que horrível" e chamar atenção de todas as crianças para caçoarem de mim. Como eu me sentia muito sozinha, eu era uma criança muito frágil e a única coisa que eu sabia fazer em minha defesa era chorar. Então as professoras, por qualquer motivo que chamassem minha atenção em sala de aula, comentavam o tempo todo "Só Juliana, a chorona", "Não vai chorar não viu, chorona".
Eu não tinha melhor amiga ou melhores amigos
Até tive uma melhor amiga no início da escola, mas como eu era tão frágil, tão insegura, eu depositava meu bem estar nela e sempre fazia as coisas ao lado dela, onde ela ia eu ia atrás, eu não era independente dela. Lembro que na primeira série ela saiu da escola. Eu cheguei na sala, reconheci a bolsa dela, mas não a vi. Saí para o pátio da escola chamando por ela, e nada. A bolsa não era dela, era de outra menina. A partir daí eu estava sozinha de fato.
Meus colegas me tratavam diferente
Escolheram uma pessoa da sala para tratar diferente, zoar, e essa pessoa era eu. Naturalmente eu já era excluída por ter dificuldades, não conseguia me encaixar no perfil deles. Estava sempre por fora das conversas das meninas, por exemplo, e elas sempre zombavam de mim, em momentos específicos. Era mais fácil eu fazer contato com meninas de outras séries do que com as da minha.
Eu me sentia sozinha
Uma vez me disseram que o motivo de eu ter sofrido por tudo isso na escola era eu: Eu que escolhi ser triste, eu que escolhi ser diferente das pessoas, eu que permiti tudo isso. Eu sei bem que meus colegas de turma escolheram me tratar diferente. Eu sei bem que eu era diferente das outras crianças e já era depressiva, receosa, mas eu lembro que aconteciam muitas coisas pesadas e tudo o que eu sabia fazer era não entender o porquê de tudo aquilo estar acontecendo comigo e a única coisa que eu sabia fazer era chorar.
Jamais eu conseguiria pensar: "Eles são uns idiotas, eu não mereço isso, vou ignorar". Eu era uma criança muito frágil, e os sentimentos de mal estar eram superiores a mim.
Eu não me sentia amada
O fato de eu me sentir sozinha e não ver que meus pais se amavam contribuiu muito com isso. Fora o fato de que minha mãe me tratava diferente, como vou falar depois, na escola, onde tinha contato com outras pessoas isso era bem reforçado. Eu lembro que eu tinha 8 anos e a escola do nada resolveu fazer uma festa para os aniversariantes de março. Eu fazia aniversário em março. As professoras disseram quais alunos eram aniversariantes e não citaram meu nome. Pediram para que cada um escolhesse um dos aniversariantes para fazer um cartão para ele, desejando os parabéns. De qualquer forma, eu sabia que não iria receber nada mesmo.
Lembro que nesse dia eu fiz um cartão bem caprichado e não consegui colar o meu no mural onde todos estavam. Lembro que eu estava na fila para receber um pedaço do bolo e todo mundo passou na minha frente, e eu de primeira da filla acabei sendo a última. Lembro que as meninas que não gostavam de mim se juntaram para falar muitas coisas, como: "olha a cara de Juliana, parece uma esfomiada!". E mais uma vez minha resposta foi... Chorar.
Eu não me sentia amada
O fato de eu me sentir sozinha e não ver que meus pais se amavam contribuiu muito com isso. Fora o fato de que minha mãe me tratava diferente, como vou falar depois, na escola, onde tinha contato com outras pessoas isso era bem reforçado. Eu lembro que eu tinha 8 anos e a escola do nada resolveu fazer uma festa para os aniversariantes de março. Eu fazia aniversário em março. As professoras disseram quais alunos eram aniversariantes e não citaram meu nome. Pediram para que cada um escolhesse um dos aniversariantes para fazer um cartão para ele, desejando os parabéns. De qualquer forma, eu sabia que não iria receber nada mesmo.
Lembro que nesse dia eu fiz um cartão bem caprichado e não consegui colar o meu no mural onde todos estavam. Lembro que eu estava na fila para receber um pedaço do bolo e todo mundo passou na minha frente, e eu de primeira da filla acabei sendo a última. Lembro que as meninas que não gostavam de mim se juntaram para falar muitas coisas, como: "olha a cara de Juliana, parece uma esfomiada!". E mais uma vez minha resposta foi... Chorar.
Minha mãe me tratava diferente
Quando eu era mais nova minha mãe costumava me chamar de "a outra". Eu não me sentia muito amada por ela, e tudo o que eu fazia ela falava "ó a outra", "que invenção da outra", "olha o que a outra tá fazendo". Eu não compartilhava com ela as coisas que aconteciam comigo porque eu sabia que ela não ia se importar ou falar coisas resmungando, então eu nunca conversava. Até hoje ela não sabe de quando eu sofri um abuso quando tinha 10 anos. Naquele tempo eu pensei em acordar ela, chamar pra sentar na mesa e contar tudo, seriamente. Mas nunca fiz.
Eu me sentia mal em ir à escola e não sabia lidar com as pessoas
Esse ponto já foi explicando basicamente nos tópicos acima. Eles me influenciam até hoje. Dificilmente eu começo um emprego, um estudo, uma escola nova, um curso novo, me sentindo bem. Eu tenho dificuldades para ser a pessoa que eu sou quando conheço outras pessoas, tenho dificuldades em conversar com elas, e só me solto com um período de tempo passado, quando eu já estiver habituada com elas.
É como se quando eu fosse lidar com situações ou pessoas novas o meu organismo mandasse respostas de defesa e eu não consigo me sentir bem, eu crio um bloqueio. Não é como se eu estivesse paranoica e realmente acreditasse que todo mundo é contra mim, mas o trauma ficou. É como se eu tivesse que fingir que não tenho esse trauma para poder me sentir bem. E eu sei que não sou uma pessoa naturalmente feliz, então tudo é muito complicado pra mim.
Enfim, se eu focar apenas nas coisas ruins que aconteceram na minha vida ou nas coisas que eu nunca tive eu seria uma pessoa eternamente infeliz. Acredito que qualquer outra pessoa que fizesse isso também, afinal todos nós temos uma história, e não sabemos o que se passa no interior do coração do outro e as vivências que cada um teve.
Sei que eu não me sentia amada, mas isso não significa de que de fato eu não era. Talvez minha mãe, por exemplo, não soube expressar seu amor da forma como eu gostaria que fosse, mas ela me demonstrou amor me levando para a escola, fazendo minha comida, comprando um brinquedo, coisas que na minha opinião de criança eu não conseguia enxergar, porque criança percebe como os pais tratam as outras crianças e se sente diferente, e, de fato, era muito.
Sei que eu não me sentia amada, mas isso não significa de que de fato eu não era. Talvez minha mãe, por exemplo, não soube expressar seu amor da forma como eu gostaria que fosse, mas ela me demonstrou amor me levando para a escola, fazendo minha comida, comprando um brinquedo, coisas que na minha opinião de criança eu não conseguia enxergar, porque criança percebe como os pais tratam as outras crianças e se sente diferente, e, de fato, era muito.
Hoje estou menos mal do que já estive em muitos dias, mas ainda tenho muito o que melhorar. Esquecer é difícil, mas superar é uma ação que naturalmente tem que ser feita todos os dias. Mesmo que você não tenha alguém do lado para te ajudar, se sinta sozinho, você precisa fazer as coisas por você e procurar se ajudar. A superação dos traumas é algo que deve ser estimulada constantemente. Difícil, mas não impossível.
Nossa! Fiquei comovida com o que li e me encontrei em alguns momentos. Quando a pessoa diz que tudo que acontece no passado influencia seu presente e se não tentar mudar influencia no seu futuro isso é verdade. Faço terapia por n motivos mas com certeza sei que muitas coisas foram pelo que eu já passei.
ResponderExcluirObrigada por compartilhar! Isso faz bem sabia? bjs
www.pilateandosonhos.com
Pretendo fazer terapia algum dia também. Não é fácil reconhecer que precisamos de ajuda, a gente sempre acha que é só mais uma fase, mas às vezes ela é passageira e outra vezes é bem intensa.
ExcluirVou compartilhar ainda mais coisas, pra libertar um pouco a angústia no meu coração quando ela me incomodar! Realmente, faz um bem danado!
Beijinhos
me indentifiqueiii super, não me sentia amada, era o foco das piadinhas.
ResponderExcluirbeijos Moda Teen
É triste né? ;(
ExcluirAh, os nossos traumas. A gente sempre tem um monte. Me identifiquei com a sua história sobre seus pais não se amarem. Meus pais sempre foram uma situação difícil. Meu pai mentiroso, mulherengo. Separou a família toda, jogava minha mãe contra minha irmã (filha de um casamento anterior dele) e minha mãe me proibia de falar com a minha irmã. Brigas e mais brigas, um lar completamente dividido. Faz uns dois anos que eles finalmente se separaram.E sempre foi um falando mal do outro pra mim. Quando eles brigavam era os dois me fazendo de peteca no meio, ameaçando pedir minha guarda. E depois vinham chorar, pedir colo e conselhos. Nunca tinha falado nada pra eles de como me sentia em relação a tudo isso, mas quando entrei em depressão e tentei suicídio (diversos motivos, não só família levaram ao caso) e eles vieram no quarto da UTI gritando "o que fizemos de errado, sempre te demos amor e etc etc" eu não aguentei e gritei tudo pra eles. Joguei na cara mesmo. Sempre achei que a gente não deve cobrar essas coisas dos nossos pais, porque eles fazem o melhor que podem. Mas joguei tudo. E melhorou. Melhorou muito. Fazia mais de 8 anos que minha mãe e minha irmã não se falavam e aquele dia no hospital fizeram as pazes. Hoje a gente consegue ter aqueles momentos família que durante meus quase 20 anos nunca antes haviamos conseguido.
ResponderExcluirAh, nossos traumas sempre nos seguem e nos atormentam mesmo. Mas sempre há saída, aprendi da forma mais dolorosa (chamo ela de sonda nasogástrica e não desejo pra ninguém haha).
Gente! Choquei com teu comentário! Quase cheguei a esse ponto... por motivos diferentes dos teus. Mas quanto a "botar pra fora" sou super a favor! Fiz isso com minha mãe há algum tempo (nós duas, no caso), e foi a melhor coisa que fizemos em anos! Nos damos muito melhor agora e nos compreendemos melhor também. Força pra todas nós! <3
ExcluirUm beijo.
Nossa, fico muito triste que você tenha passado por esses momentos difíceis. :( Meus pais só voltaram a se entender melhor depois que minha mãe praticamente enlouqueceu, de verdade, e foi o pior momento da minha vida. Eu já pensei em suicídio, até tenho umas pretensões na minha mente, mas nunca fiz nada com essa intenção de fato. Quando criança e adolescente eu tomava desinfetante e água sanitária pra passar muito mal e vomitar, porque eu não gostava da minha vida ou de algo que estava acontecendo no momento, mas eu não queria me matar realmente. Uma vez eu tomei um desinfetante sem ler o rótulo e não vomitei e fiquei muito irritada. Depois eu peguei outro, li o rótulo e vi que poderia causar a morte, todos os que eu tinha lido antes diziam que causavam vômitos, mas com esse aí eu fiquei bem assustada e não arrisquei. Talvez eu estivesse passando pela mesma forma dolorosa que você está passando agora. É difícil superas esses traumas, mas estamos na luta. Desejo melhoras a todas nós <3
ExcluirOi Ju,
ResponderExcluirRealmente, o que sofremos (de bom ou ruim) durante a infância, nos leva a ser quem somos; e também tem o fato de que os pesadelos e sonhos são maiores que imaginamos, criamos muitas coisas quando crianças e são difíceis de serem desconstruídas.
Mas, poxa, você ter consciência já é bem legal, agora só trabalhar! Amei o texto <3
Por isso é muito importante os pais ficarem atentos aos seus filhos... São traumas que permanecessem e atuam na construção do sujeito.
ExcluirVou trabalhar por cima disso pra não sofrer depois!
Fico feliz que tenha gostado ;*
nossa que texto, me identifiquei em algumas parte, eu tenho trauma de uma briga da minha mãe e com o meu pai, não consigo esquecer ate hoje, as vezes de lembra ate choro, não foi nada legal. parabéns pelo texto.
ResponderExcluirSó de lembrar toda a tristeza do momento volta né?
ExcluirFico feliz que tenha gostado do texto :)
Puxa que triste, que barra você enfrentou
ResponderExcluirEssa da professora foi ruim hein, os professores são pagos para ensinar e não zombar dos alunos. que chato isso...
Mas várias dessas coisas passei também. Brigas horríveis de meus pais até vir o divorcio, não tinha muitos amigos. .....
Mas o importante é que vencemos e estamos aqui hoje.
Bjs!
Professores não pedagógicos :(
ExcluirO importante é vencer tudo isso, ainda que aos poucos. A caminhada é longa.
Beijo
Pense pelo lado positivo: você está aqui, você sobreviveu a tudo isso e conseguiu lidar com os seus traumas. Pode ser que demore um pouco para você superar? Pode, mas você já é mais forte que eles. Tire um tempo para se sentir orgulhosa da sua jornada e da pessoa que você ainda está se tornando.
ResponderExcluirBeijos
Mari
www.pequenosretalhos.com
Suas palavras me ajudaram muito :D
ExcluirFocar nas situações difíceis e se isolar a ela impede de vermos a importância de tudo o que passamos e o quão forte somos.
Beijão
Nossa infância difícil hein, eu tive ns problemas, mas tive ns coisas boas, o importante é trabalhar bem com isso.
ResponderExcluirBeijo!
www.cabtinhob.com
Isso mesmo! Se não nos ajudarmos, ninguém vai.
ExcluirBeijão
Me identifiquei muito com seu texto e traumas, a única diferença é que eu não me sentia amada pela minha avó. Ela sempre gostou mais do meu irmão do que de mim. Eu achava que eram coisas da minha cabeça, mas hoje refletindo melhor tenho certeza, não acho que a intenção dela era me magoar, mas como eu também era frágil e chorava com facilidade. Sei como é passar por tudo isso.
ResponderExcluirOs unicórnios pira
Já passei por algo parecido. A gente percebe né? Esse amor e atenção escolhido...
ExcluirNos entendemos :(
Oi Juh, tudo bem? Que coincidência, foi justamente sobre isso que escrevi hoje no meu blog. Quando somos crianças, ou mesmo ainda na barriga da nossa mãe passamos por diversas situações, e muitas delas nos deixam marcas, e são difíceis de serem curadas. Por mais que passe o tempo, as feridas estão lá, em um momento ou outro elas voltam a doer, ou alguém nos faz lembrar. É preciso evoluir, crescer e de algum jeito tentar minimizar essa dor. Poderia dizer que o tempo ajuda, mas eu não acredito nisso, simplesmente dói menos, mas ainda continua lá. É difícil se sentir como um peixe fora d'água, mas precisamos conviver com isso e buscar viver da melhor forma possível. Seu texto ficou incrível. Beijos, Érika ;)
ResponderExcluirLi seu texto e também me identifiquei muito. O tempo ajuda, mas cura? É difícil dizer porque mesmo que aparentemos estar melhores, a ferida volta, e parece que do mesmo jeito que ainda foi deixada. É muito difícil olhar para a vida das outras pessoas e se sentir um caso à parte. Muito mesmo.
ExcluirFico muito grata pelo seu comentário.
Beijão
Infelizmente nossos traumas acabam afetando no futuro, isso é um fato comprovado, né? São essas marcas que vão nos mudando, nos tornando o que somos hoje. alguns nem tão bons, outros necessários. Me identifiquei muito com a parte de se sentir sozinha. Sempre fui assim. Sempre preferi ficar só. Está só. Era como se as pessoas não gostassem da minha presença, então automaticamente eu me fechava. Hoje aprendi a curtir minha solidão. Aprendi a gostar de estar só. Felizmente algumas coisas nos servem como lição, e isso é ótimo. Adorei teu texto ♥
ResponderExcluirEu me fechava automaticamente também. É uma resposta do nosso organismo a tudo isso. Eu vou me esforçar pra me sentir bem dessa forma, porque eu preciso. Vou levar tudo isso como aprendizado.
ExcluirBeijão
Com certeza traumas de infância ficam pra toda vida e nunca esqueceremos por mais que os supere!
ResponderExcluirE sinceramente acho que tu precisa desabafar com quem os causou antes que o pior aconteça. Se não te sente segura pra desabafar, procure ajuda (se ainda não o fez) profissional. Não há nada melhor do que conversar a respeito, não faz com que os problemas (ou traumas) desapareçam mas certamente aliviam o peso que causam.
Força e perseverança... Não desista!
Um beijo.
Nunca mesmo!
ExcluirNunca fiz nada disso... mas pretendo fazer! Eu me sinto mal de passar por isso, eu preferia mil vezes passar por situações boas, que me fizessem sentir bem estar, mas parece que sempre tudo volta. Parece que tudo é um fingimento, uma "maquiagem", um jeitinho.
Obrigada pelas palavras <3
Beijão
Que texto incrível e tocante, você escreve mt bem! Eu sei que na infância eu sofri alguns traumas, tanto é q hj sou depressiva pelo q aconteceu naqla época, mas, não gosto de pontuar e pensar sobre... parabéns p vc! Bjss
ResponderExcluirEu também não gosto... Mas me esforcei pra fazer!
ExcluirBeijo e melhoras pra você :)
Adorei! O meu trauma de infância era que meus pais me abandonassem. Acordava toda a madrugada pra garantir que eles ainda estavam em casa.
ResponderExcluirImagino!:(
ExcluirAdorei! O meu trauma de infância era que meus pais me abandonassem. Acordava toda a madrugada pra garantir que eles ainda estavam em casa.
ResponderExcluirIsso é complicado mesmo. Traumas de infância sempre perseguem a gente.
ResponderExcluirVivi alguns iguais aos seus, mas o que mais me traumatizou foi o bullying que eu sofri. Mexeu muito com minha autoestima!
Chiquereza
Mexe muito! O pior é que a gente se deixa acreditar pelo o que as pessoas dizem e deixamos que elas moldem nossas vidas :(
ExcluirNossa você passou por muita coisa. Eu também tive alguns traumas parecidos com o seu, sempre me senti destoada da multidão, antes isso me incomodava, mas hoje é um alivio me sentir um pouco diferente.
ResponderExcluirglossrosaa.blogspot.com.br
É um alívio para você? Quero me sentir assim também.
ExcluirBeijão
Oi Jú, fico tão triste pela sua história ter sido tão dolorida! O pior é que quando passamos por isso, obviamente não esquecemos, isso machuca pra sempre, uma feridinha, que cicatriza, mas dói quando faz frio. Meus pais também não se amavam, na verdade, minha mãe não amava meu pai, e já ouvi ela dizer diversas vezes que nunca amou, nunca entendi o porque dela fica junto dele, meu pai era obcecado por ela, isso me afetou muito, já vi meu pai ameaçando se matar a ponto de vir policia e bombeiros, ficar aquela multidão curiosa em volta, porque ele ficou pendurado na varanda do décimo andar, e tudo isso comigo no apartamento, eu tinha uns 5 à 6 anos, e o pior é que essa é só uma das muitas histórias, graças à deus, nenhum nunca deixou de me amar e nem a minha irmã tbm. QAté meus 14 anos eu era meio cheinha, nada que chegasse à obesidade, mas como fui criada dentro de um salão, fui criticada a vida inteira por isso, todas as clientes viam a minha prima, que era magra, loira e com cabelo liso, e eu absolutamente o contrario, ouvi durante quase 10 anos da minha vida: "nossa, como a natália é linda! Devia ser modelo!" e logo após um "nossa, a gabi tá bem gordinha né, assim fica feia.", isso eu levei comigo, vivo numa briga diária com a balança :\ enfim, o importante agora, é a gente viver momentos seguintes à essa parte ruim da vida, não nos prendermos as coisas ruins, porque senão não vemos as boas e essas passam!
ResponderExcluirPeixinhos, Gabbe!
Blog: Talo de Maçã |Fanpage |Instagram
Me identifiquei com você ;) Não tenho nem palavras, sei o quanto é doloroso passar por situações assim. Não só as que aconteceram com nossos pais, mas esses momentos de comparação, de menosprezamento, de tratar com diferença, ser julgada por aparência... É muito horrível, já me fizeram me sentir a menina mais feia do mundo.
ExcluirNão podemos deixar isso tudo nos paralisar.. é difícil, mas a vida segue, ainda que as feridas permaneçam. Melhoras pra nós <3
Imagino que não deva ter sido nada facil lidar com isso sozinha, mas o fato de hoje consguir falar sobre isso tudo ja é uma avanço gigantesco. Parebens pelo blog, pelas palavras, pela coragem! Abraços!
ResponderExcluirObrigada pelas palavras <3. Eu não reconhecia tudo isso.
ExcluirBeijão
Ju, que texto cheio de emoção e sensibilidade! Fiquei muito comovida com as suas palavras e sua coragem em escrever sobre seus traumas. Compartilhar faz bem. Me dá a maior alegria saber que você não se deixou adoecer ou deprimir por esse conjunto de fatores que, certamente, levariam algumas pessoas à depressão. Mesmo nao te conhecendo, é bom saber que você conseguiu ver o lado bom das coisas ainda tão nova. Imagino que não tenha sido fácil lidar com tudo isso sozinha e tão novinha. Parabéns pelo texto muito bem escrito, pela coragem e pela superação! Beijos <3
ResponderExcluirObrigada pelas palavras <3
ExcluirAinda não considero que eu superei, porque são momentos. Momentos de alegria, momentos que tudo parece estar bem e momentos que tudo volta de novo. É uma luta diária.
Que bom que gostou do texto :D
Texto incrível e muito emocionante. Te entendi perfeitamente em relação aos traumas da escola, pois passei também pelos mesmos :( Felizmente superamos e seguimos bem, mas com certeza não foi fácil =/
ResponderExcluirboa semana :)
Red Behavior
Não está sendo fácil, mas a partir do momento que decidimos ignorar tudo isso e permitirmos viver as coisas boas que certamente a vida nos oferece tudo vale a pena.
ExcluirBeijo
Que desabafo mais comovente! Me lembrei das coisas que me atormentavam quando eu era mais nova (algumas ainda me perseguem). Eu sofria muito bullying na escola por gostar de estudar o.O até o sétimo ano eu não tinha nenhum amigo. Uma vez até me bateram dentro da sala! Foi uma fase horrível :( fora os complexos que eu tinha por ser baixinha, gordinha e usar óculos... Tudo isso junto pra uma menina de 10/11 anos era muita coisa pra assimilar. Acho que é por tudo isso que eu gosto de ficar sozinha. Não tenho muitos amigos, mas amo os poucos que a vida me deu, mas me sinto melhor quando estou sozinha, no meu mundo particular. Aprendi a ser feliz assim :)
ResponderExcluirEspero que você supere tudo isso e continue sendo feliz <3
Beijos.
Já passei por isso também. O problema nunca foi a gente, foram eles. Eles deveriam cumprir sua tarefa de gostar de estudar também. Mas nós que somos as diferentes e estranhas pra essas pessoas né? Imagino o quanto tenha sido barra pesada ter apanhado! Não tem justificativa pra isso!
ExcluirVou me aprofundar no meu mundo particular também... porque nesse aqui não tá dando :/
Obrigada de coração pelas palavras <3
Beijão
Acredito que tenha sido difícil para você desabafar isso, com certeza você é uma pessoa muito forte e se eu fosse da sua escola iria querer ser sua amiga <3
ResponderExcluirObrigada pelas palavras <3
ExcluirFico muito feliz em ler uma mensagem linda como a sua! :)
Beijão
Jully mto bom a sua iniciativa de postar esse texto. Eu tbm tive uma infancia um pouco dificil... meus pais nao se amavam, peli contrario se odiavam e so continuavam juntos por conta dos filhos... mey pai tinha mtas mulheres e batia na minha mae na nossa frente e ai vc ja imaggina o trauma nas criancas neh... bom minha mae se separou, e terminou de nos criar sozinha, foi uma guerreira e mesno depois de tudo nos ensinou que nosso pai seria sempre pai e deviamos ama lo e respeita lo... hj eles tem uma relacao de amizade, cada um seguiu sua vida e eu e meus irmao alen de sermos super unidos tbm amamos mto os dois e fazemos mtas resenha juntos... apesar do trauma vivido temos que da um outro rumo ao nosso futuro e quem escolhe somos nos mesmos ... se vamos perdoar o que passou e seguir em frente desfrutando do melhor da vida (mesmo q as lembrancas ruins de vez em quando venham te assombrar) mas elas nao tem mais poder sobre vc.... Ou simpkesmebte a pessoa anula sua propria vida sofrendo por uma infancia mal vivida (o tempo nao volta mais para fazer diferente) por tanto tempo que fazer as pazes com o passado e ser Feliz no presente... e o futuro a Deus pertence!! Bjus linda
ResponderExcluirWww.renatamassa.com
Que história! Observamos o outro e jamais podemos imaginar o que se passou ou se passa na vida de cada um. Compartilho dos mesmos pensamentos. As lembranças assombram, mas no fim a gente escolhe o nosso futuro. Fico feliz que as coisas tenham se reorganizado tão bem para você. Sua mãe foi uma guerreira mesmo, eu como sou fraca no lugar dela teria sofrido muito por ter um relacionamento desse jeito. Obrigada pelos elogios e pelo seu comentário <3 Beijo
Excluir